domingo, 29 de março de 2009

New Deal

Copiando às ações do Presidente norte-americano, Franklin Delano Roosevelt, que apostou no adensamento dos investimentos e em iniciativas destinadas a absorver o máximo de mão-de-obra (mesmo sem qualificação), LULA incentivou à construção civil, através de um novo Plano Nacional de Habitação. Ora, é sabido que o setor da construção civil é o que consegue absorver os maiores contingentes de mão-de-obra não qualificada (serventes, pedreiros, etc.).

E entregou toda a execução do Plano à “mãe do PAC”, a Ministra Dilma Rousseff... Vai ser a maior campanha de promoção da sua candidata! Tudo bem! Mas, afinal, que não fique só nisso!

ADENAVER e EHRARD

Nem Lula, nem Dilma, entretanto, têm conhecimento do plano habitacional do pós-guerra, posto em prática na Alemanha Federal, depois de 1945, pelo Chanceler Konrad Adenaver – pai do “milagre alemão” - e seu Ministro da Economia, e depois sucessor, Ludwig Ehrard.

E o fez de forma simples: emitindo moeda!

Ehrard mandou levantar a soma de recursos necessários à implantação do magnífico plano habitacional, por eles sonhado. A Alemanha era autossuficiente na produção dos insumos necessários à construção civil. Bastava haver moeda, numerário suficiente para sua aquisição! Somaram-se tais custos, dos insumos (areia, cimento, pedra, vergalhões, etc.) aos da mão-de-obra. E, então, foi emitida moeda correspondente à quitação destes custos! Exclusivamente!

Com as habitações prontas e entregues, à medida que eram quitadas, a soma das prestações recolhidas era incinerada (retirada, pois, do meio-circulante), até totalizar, integralmente, a sobrequantia emitida. Resultado: não houve aumento da inflação... Porque moeda é instrumento de confiança! O prestígio e a fé populares em Adenaver garantiram a operação!

Lula poderia fazer o mesmo, transformando Dilma Roussef numa espécie de Ludwig Ehrard, contemporâneo... Sua credibilidade propicia, ainda, ações de maior alcance... Como, por exemplo, a quitação da dívida interna (com os bancos), avaliada, hoje, em mais de um trilhão de reais!
Afinal, por que não emitir esse mais de um trilhão de reais, quitar a dívida com os bancos, entupí-los de moeda – e liquidez – obrigando-os a baixarem os escorchantes juros, que desmoralizam quaisquer governos?

Aliás, conjunturalmente, a emissão de grande quantidade de moeda – além de tudo – passa a ser eminentemente virtual! Mesmo grande quantidade de entrada de moeda limita-se, na realidade, a meros registros de dados, rubricas em computadores dos órgãos fiscalizadores, como o Banco Central. Logo, nem há perspectiva de aumento da inflação, que passaria ser virtual também!

Não haveria, em verdade, aumento de moeda circulante!

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