quinta-feira, 19 de março de 2009

Aeroportos – RIO x SP

Um dos fatores do esvaziamento do receptivo turístico do Rio de Janeiro – ainda o polo maior de ingresso de turistas no País – foi a liquidação da transportadora aérea VARIG.

Basicamente, o fenômeno turístico tem três componentes vitais: agentes de viagens, setor de hospedagem (que, também, compreende alimentação e entretenimento) e transportadoras.
O duopólio GOL/TAM (gerado pelo fim de concorrentes do mesmo porte, como Transbrasil e VASP) acabou transformando os aeroportos de SP (mormente Congonhas) em distribuidores de vôo (hub). Vôos de todos os pontos do País, principalmente vindos de capitais, foram transformados em alimentadores da ponte-aérea Rio-SP (no sentido contrário). Chegava-se ao absurdo de sobrevoar o Rio de Janeiro – em vôos do norte, nordeste Minas Gerais e Espírito Santo – mas desembarcar na capital de São Paulo.

Com o aumento dos chamados vôos charter para o nordeste (sobretudo, para Fortaleza, Recife e Salvador), e o desembarque das conexões serem intermediadas pela ida para São Paulo, o Rio foi tendo esvaziada a sua posição de “portão de ingresso de estrangeiros” no País, incólume, apenas, durante o período de carnaval. O que foi provocando o cancelamento de diversas linhas internacionais.

Em 2005, o antigo Departamento de Aeronáutica Civil – DAC houve por bem limitar o Aeroporto Santos Dumont à ponte-aérea Rio-SP e vôos regionais.

Como acentuou o Senador fluminense Regis Fichtner (PMDB/RJ), atual Chefe da Casa Civil do Governo do Rio, em artigo publicado no O Globo, em 14/03/09:

- “Dezenas de vôos semanais para os principais destinos foram transferidos para o Galeão, que renasceu. (e vice-versa. Nota do blog). Milhares de passageiros voltaram a freqüentá-lo. O comércio floresceu, mas suas mazelas vieram à tona. E surgiu o debate sobre a necessidade de sua reforma e até da mudança na forma de exploração. O Rio, porém, reconquistara muitos vôos internacionais diretos. Hoje se voa do Galeão direto para Paris, Londres, Lisboa e Madrid, e há boas chances de haver vôos diretos para Roma e Frankfurt.

Neste momento, a Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, sucessora do DAC, quer voar para trás e abrir o Santos Dumont para qualquer destino. A ANAC abdica de seu papel central de reguladora do transporte aéreo, permitindo que as companhias escolham livremente as rotas que querem operar.”.

O Senador licenciado Regis Fichtner destaca, ainda, que:

- “no Rio, ao contrário de S. Paulo, Nova Iorque, Paris e outras grandes cidades, não há passageiros em número suficiente para que os dois aeroportos possam formar hubs.

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