segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Inversão de pauta

- “Qualquer inauguração de obra passaria a ser vista como um ato de campanha antecipada, seria um flanco aberto a ataques de adversários na Justiça Eleitoral. Além disso, as prévias implicariam em uma campanha antecipada, seria um flanco aberto a ataques de adversários na Justiça Eleitoral.”.

A frase do Deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), braço direito do Governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República, de novo, começa a revelar as preocupações da corrente serrista, que sabe – melhor do que todos – as conseqüências e desdobramentos da troca, por Serra – durante o Governo FHC – do Ministério do Planejamento pelo Ministério da Saúde, “onde teria maior e melhor exposição, como pré-candidato à Presidência da República...”.

Não se poderia supor, àquela altura, que de um “bunker”- montado no próprio Ministério da Saúde, por gente como o Delegado Chellotti, da Polícia Federal – seriam deflagradas iniciativas, como a “operação LUNUS”, que estraçalhou a pré-candidatura presidencial (PFL) da então Governadora Roseana Sarney (PFL-MA, hoje PMDB-MA), impedindo-lhe, depois, o retorno ao Governo do Estado (2006). Há, ainda, a mal disfarçada invasão-hacker aos computadores do jornal Correio Brasiliense, fraudando os resultados da prévia, que apontava a franca liderança de Lula...

... e, além disso, toda a logística da montagem da captura dos ALOPRADOS, num hotel de São Paulo, com inexplicável (origem!) quantia em dinheiro para compra de um dossiê que comprometeria os ex-Ministros da Saúde, José Serra e Barjas Negri – hoje Prefeito de Piracicaba (PSDB) com vampiros e sanguessugas, comerciantes de ambulâncias superfaturadas para Prefeituras, na órbita de verbas do Ministério da Saúde. A mídia oficialista foi acionada para a unânime condenação, para a pretensa existência do tal dossiê... esquecida qualquer curiosidade sobre o seu conteúdo... Além do tal diferencial amazônico... Que acabou não funcionando!

Ora, montar dossiês não é crime! A imprensa investigatória (ou chantagista!) o faz, constantemente. Crime é tentar extorquir alguém, de posse de dossiê, como costumava fazer, por exemplo, o jornalista Alexandre Baungarten, arrendatário da moribunda (e já então desmoralizada revista O Cruzeiro). Acabou assassinado pelos seus próprios companheiros da tal “comunidade de informações”. O General Nilton Cruz, chefe dos órgãos de segurança no Rio, acusado de mentor intelectual e ordenador deste assassinato, foi absolvido pela Justiça.

A mesma técnica serrista impeliu o episódio dos cartões corporativos, quando se tentou envolver a Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que transformou “tal limão, numa limonada...”. Aproveitou chance que lhe deu o líder do DEM (ex-PFL), Senador Agripino Maia (DEM-RN), até hoje arrependido por sua infeliz intervenção, relembrando a vida pregressa de militante da luta armada da Ministra. Ela acabou ganhando a solidariedade de todo o País na repulsa às torturas de que foi vítima!

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